Plano de Matérias
0. Introdução
0.1. Objecto de estudo
0.2.Delimitação e enunciado do problema
0.3.Hipóteses de trabalho
0.4.Objectivos
0.5.Metodologia
0.6.Referências teóricas
0.7.Cronograma
Introdução
Objecto de estudo
O nosso estudo está embaseado sobre os valores técnicos, sociais e educacionais da região Nordeste de Angola, caso do povo Tchokwé do Moxico. Depois, leitura de várias documentações publicadas no século XX, fomos descobrindo que existiam valores artísticos, vitais e iniciacionais que as novas gerações não têm acesso e nem sabem que existe algo que os seus ancestros tinham adquirido com muito sofrimento de criatividade e racionalismo. A partir dessa visão de homem e da conceipção do homem e ordem social, a educaçao pretendida, no período focalizado é aquela que se volta para o conhecimento sobre a ciência, as artes e as culturas grega e romana. ( Aula 6, Pedagogia, ucb, Pag 63). No entanto, nós vamos tentar apresentar a visão do povo Tchokwé, os valores técnicos ( artes), sociais ( organização das comunidades e o relacionamento entre os povos dessa etnia e os seus vizinhos), educacionais ( iniciação dos jovens Tchokwé); contudo, vamos correlacionar os aspectos citados para que possamos descobrir os valores e o seu resgate. Este, que poderá ajudar as comunidades se conhecer melhor e conservar a sua cultura e os seus valores, no decorrer dos anos. Imaginemos as mesmas produções artísticas já que na nossa região Leste, não aparece e nem se fazem sentir, que antes de nós havia algo bom e bonito e também valioso, caso concreto nos muséus de Belgica, França, Suiça e EUA, estão cheio das peças artistícas Tchokué, e isto tornam mais beneficio aos muséus, cujas pessoas interessadas visitam.
Delimitação e iniciado do problema
I. A sociedade Tchokue:
I.a. Localização geográfica:
O nosso trabalho consiste no estudo dos valores tecnico-socioeducativos do povo Tchokué. Esta população situa-se hoje na parte da Angola que se chama correctamente de " quatro Nord-Este de Angola", se encontrando ao Sul do mesmo país e também nas regiões do Kasai e do Katanga da RDC e na Zambia onde vivem alguns cunhos, com mais evidência em África do sul e Moçambique alguns povos apresentam linguísticamente as mesmas características do povo Tchokué que se encontra em Angola actualmente. De concreto, a região é situado, sensivelmente, entre o paralelo 7º e 14º de latitude sul e dos meridianos 18º e 24º de longitude Est. Os seus limites são: norte, a fronteira Angola-Rdc, ao Oest e Sul a província de Malange e Bié; ao Est o rio Kasai e as fronteiras Angola-Rdc e Angola-Zambia.
I.b. Elementos da antropometria:
Neste quadro naturalmente que acabamos de estender, vive uma boa parte dos tchokué, dos mesmos que nós partilhamos a vida e convivência como irmão. Os tchokué de ponto de vista físico, pelas mensurações que foram publicadas por vários autores e nomeadamente, Mesquitela Lima, 1956 (1), são bantu de altura média ( inferior à média da humanidade: 164,73. Número calculado sobre uma amostra de 400 sujeitos), com um pequeno perímetro toraxico ( 79,23 - sobre uma amostra de 560 sujeitos), Sobstococefales, euriproposes, eurianos, com largura bigoníaca pouco superior à bisigomática e a largura da orelha de aproximadamente os três quarto de comprimento. O peso médio é de 52, 520 Kgs ( dados calculados sobre uma amostra de 5.000 sujeitos). Depois de todas essas características físicas que os tchokué deste grupo apresentam alguns traços pigmóides, como já foi assinalado por Baumann, 1948 (2). Portanto, os Tchokué apresentam diversõcs antropométricas, nesta etnia aparece um grupo dos tchokue etiopicos, esses são mais altos, que constituiam também esta diversificidade deste povo.
I.c. Elementos Históricos:
Vamos apresentar as idéias evolutivas históricas da fisga à zagaia e da zagaia ao fusil. Quais/ que são os Tchokué que moram no quadro natural que acabamos de explanar? De todas as bibliografias existentes, constatou-se que os Tchokué estão associados ao império Lunda do Muatchiava e abordam desta etnia tchokué de forma superficial. Que são os Tchokué ? os mesmos se chamam de katchokué (singular) e tutchokué (plural). Yami nguli ( uri) katchokué: ( eu sou Tchokué). E designando o dedo esta direcção dizem são originários do Este, isto confirmam os povos que os rodeiam, será que vieram da Tanzania? A resposta continua, sempre mistériosa. E de onde origina o nome tchokue? O grande número dos informadores e dos autoctônos dão origem ao nome tchokué do nome de um rio que descore no tchiboko, país dos Tchokué. Bastin (3) e Van den Byvang (4). É bom dizer que esta versão sobre a origem dos Tchokué, no novo mapa, o rio tchokué não está mencionado e logo, cria um vazio dificil a tapar. Portanto, a primeira hipótese é bem duvidosa, vamos pegar a segunda hipótese proposta por Carvalho (5), apoiada sobre a legenda ( mito-legenda-explicativa) recolhida na região de Mona quimbundo, da boca do soba Muailunga que deu a origem dos Tchokué e dos Lundas. E também foi confirmada por muitos outros informadores:
« Há muitos séculos atrás tinham sido um povo só. Lundas e tchokwes saíram do mesmo núcleo, a grande diferença é que os Lunda ficam no seu território desde sempre, os tchocwe transformam-se num grupo de extrema mobilidade que a partir do século XVI percorre todo o país. São essencialmente caçadores e comerciantes saindo, por isso, em busca de marfim borracha, etc. Essa extrema mobilidade não lhes permite desenvolver estruturas políticas tão pesadas como era a hierarquia da Mussumba, por isso fazem aquilo que se chama a diáspora Tchokue, inflectem para o sul, dividem os Nganguela ao meio. Angola tem Tchokwe em todo o território. No final do século XIX os Tchokwe regressam ao seu território de origem, tomam, militarmente, o poder dos Lunda e absorveram as suas instituições. As duas realidades Tchokwe no século XIX misturam-se outra vez. A invasão Tchokue é coincidente com a conferência de Berlim, e o traçar das fronteiras em África leva a que do lado de Angola fiquem misturados Lundas e Tchokwes, mas a Mussumba do Matchiamvua que era a sede do poder Lunda fica do lado do Zaire por imperativos da conferência de Berlim.
A lenda da galinha de Deus é de origem Tchokwe, do nordeste de Angola. ( 6)
Um dia o Sol foi visitar Deus. Deus ofereceu ao Sol uma galinha e disse-lhe: “Regressa de manhã antes de te ires embora”. De manhã a galinha cacarejou e acordou o Sol. Quando o Sol revisitou Deus, ele disse-lhe: “Não comeste a galinha que te dei para o jantar. Podes então ficar com a galinha mas deves regressar aqui todos os dias.” Daí a razão porque o Sol circula a terra e nasce todas as manhãs.
A Lua também foi um dia visitar Deus e também recebeu uma galinha como presente. De manhã a galinha cacarejou e acordou a Lua e Deus voltou a dizer-lhe: “Não comeste a galinha que te dei para o jantar. Podes então ficar com a galinha mas deves regressar aqui em cada vinte e oito dias.” Daí a razão porque a circulação total da Lua dura vinte e oito dias.
Um homem foi visitar Deus recebendo também uma galinha como presente mas o homem estava com fome depois de tão longa caminhada e comeu parte da galinha para o jantar. Na próxima manhã já o Sol estava bem alto quando o homem acordou. Comeu o resto da galinha, visitando Deus em seguida. Deus disse-lhe: “eu não ouvi a galinha cacarejar esta manhã.” O homem com certo receio respondeu: “eu tive fome e comi-a.” “Está bem,” disse Deus, “mas ouve, tu sabes que o Sol e a Lua estiveram aqui e nenhum deles matou a galinha que lhes ofereci.” Essa é a razão que nem o Sol nem a Lua morrerão um dia. Mas tu mataste a tua galinha e assim deves morrer como ela. Porém, à tua morte, deves regressar aqui outra vez.” E assim foi.»
I.3. Hipótese de trabalho
O resgate dos valores técnicos socioeducacionais do povo constitui um ponto de partida na valorização das sociedades primitivas africanas e em particular de Angola. Tendo em conta o peso que este tem na simbologia da arte Angolana e mundial, criação das peças mais carras do mundo, exemplo do "Pensador ou Samanhonga" esta pessa que representa a pedra filosofal do povo Tchokué, nele nasce toda a criatividade do povo Tchokué. Além disso, fomos descobrir que este povo sabia escrever antes da chegada do colonizador, a famosa escrita Tchokué denominada de "lusona"(7). E Teve um passado que justifique a sua existência na terra, como seres pensantes e que contribuiu no desenvolvimento artístico mundial. Percebeu-se que este povo tinha a cultura de inicião separada das mulheres e também dos homens, o " Tungo" para mulheres e " Mukanda" para homens. A primeira instituição preparava a mulher quando lhe aparecia a primeira menstruação, assim sendo, dando-lhe noções suficiente para vida marital e boa convivência na sociedade e o último, tinha uma graduação entre o tempo e o espaço, para dizer que os homens iam à circuncição com uma idade adolescente, com objectivo de circuncidar os jovens e depois prepara-lo para à VIDA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL EM GERAL E SABER CUIDAR DA SUA FAMÍLIA, esta ultima instituição vai se dividir em três partes, o mukanda básico, médio e superior. Este último, tinha um aspecto diferente sobre natural, a transmissão dos poderes da natureza e não são todos os homens que passaram pelo MUNGONGUE o superior do mukanda natural.
0.4.Objectivos
Neste trabalho de pesquisa desejamos, resgatar os valores técnicos socioeducativos da região noreste de Angola. Apresentar as produções artísticas, sociais e educativas do povo Tchokué.
0.5.Metodologia
A ciência sendo algo mais hipotética, fomos pensado em abordar este trabalho, utilizando os caminhos mais acessiveis e que nós tenhamos capacidade de manimupular. A via que nós acompanhamos é de uma pesquisa documentária, recolha das lendas e mitos sobre este povo, entrevistando os mais velhos que passaram pela iniciação Tchokué, nas vesperas da independência de Angola.
0.6.Referências teóricas
1. Lima, Mesquitela, « Tatuagem da Lunda», Luanda, 1956, Pp.22 - 25
2. Baumann e col, « les peuples et les civilizations africaines, Paris, Payot, 1948
3. Bastin,« art decoratif tshokwé», Lisboa, Diamang, 1661, P. 30
4. Van den Byvang, « Notice historique sur les balundas», in Congo, Juillet 1937
5. Carvalho, « Etnografia e história tradicional dos povos Lunda» Impressa nacional, Lisboa, 1890, Cap.I, P.90
6. Blogger, Prof. Kiber Sitherc
7. Gerdes, Paulus ( 1989d) Rekonstruktion und Analyse von mathematischen, Elementen in der Tchokwe Sandzeichung - Tradition. In: Gerdes, Paulus Ethnomathematische Studien, Maputo - Leipzig, pp. 120 - 189
0.7.Cronograma
Este trabalho teve uma duração de um mês, e cada fase desenvolida teve tempo desproporcional, tendo em conta as dificuldades de encontrar os livros que poderiam nos facilitar na elaboração do nosso trabalho, que apenas é uma introdução do nosso trabalho de pesquisa que terá completado ao longo do nosso percurso académico.
O resgate dos valores técnicos socioeducacionais do povo constitui um ponto de partida na valorização das sociedades primitivas africanas e em particular de Angola. Tendo em conta o peso que este tem na simbologia da arte Angolana e mundial, criação das peças mais carras do mundo, exemplo do "Pensador ou Samanhonga" esta pessa que representa a pedra filosofal do povo Tchokué, nele nasce toda a criatividade do povo Tchokué. Além disso, fomos descobrir que este povo sabia escrever antes da chegada do colonizador, a famosa escrita Tchokué denominada de "lusona"(7). E Teve um passado que justifique a sua existência na terra, como seres pensantes e que contribuiu no desenvolvimento artístico mundial. Percebeu-se que este povo tinha a cultura de inicião separada das mulheres e também dos homens, o " Tungo" para mulheres e " Mukanda" para homens. A primeira instituição preparava a mulher quando lhe aparecia a primeira menstruação, assim sendo, dando-lhe noções suficiente para vida marital e boa convivência na sociedade e o último, tinha uma graduação entre o tempo e o espaço, para dizer que os homens iam à circuncição com uma idade adolescente, com objectivo de circuncidar os jovens e depois prepara-lo para à VIDA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL EM GERAL E SABER CUIDAR DA SUA FAMÍLIA, esta ultima instituição vai se dividir em três partes, o mukanda básico, médio e superior. Este último, tinha um aspecto diferente sobre natural, a transmissão dos poderes da natureza e não são todos os homens que passaram pelo MUNGONGUE o superior do mukanda natural.
0.4.Objectivos
Neste trabalho de pesquisa desejamos, resgatar os valores técnicos socioeducativos da região noreste de Angola. Apresentar as produções artísticas, sociais e educativas do povo Tchokué.
0.5.Metodologia
A ciência sendo algo mais hipotética, fomos pensado em abordar este trabalho, utilizando os caminhos mais acessiveis e que nós tenhamos capacidade de manimupular. A via que nós acompanhamos é de uma pesquisa documentária, recolha das lendas e mitos sobre este povo, entrevistando os mais velhos que passaram pela iniciação Tchokué, nas vesperas da independência de Angola.
0.6.Referências teóricas
1. Lima, Mesquitela, « Tatuagem da Lunda», Luanda, 1956, Pp.22 - 25
2. Baumann e col, « les peuples et les civilizations africaines, Paris, Payot, 1948
3. Bastin,« art decoratif tshokwé», Lisboa, Diamang, 1661, P. 30
4. Van den Byvang, « Notice historique sur les balundas», in Congo, Juillet 1937
5. Carvalho, « Etnografia e história tradicional dos povos Lunda» Impressa nacional, Lisboa, 1890, Cap.I, P.90
6. Blogger, Prof. Kiber Sitherc
7. Gerdes, Paulus ( 1989d) Rekonstruktion und Analyse von mathematischen, Elementen in der Tchokwe Sandzeichung - Tradition. In: Gerdes, Paulus Ethnomathematische Studien, Maputo - Leipzig, pp. 120 - 189
0.7.Cronograma
Este trabalho teve uma duração de um mês, e cada fase desenvolida teve tempo desproporcional, tendo em conta as dificuldades de encontrar os livros que poderiam nos facilitar na elaboração do nosso trabalho, que apenas é uma introdução do nosso trabalho de pesquisa que terá completado ao longo do nosso percurso académico.
Olá Benquistos, todo o aluno curioso, parece-se com maluco e a vida é aqui tida como um Laboratório. Não somente um LPI ou II como da UCB-Virtual. A gente está sempre experimentando, aprendendo e tentando achar um jeito de viver, de fazer as coisas, de resolver os problemas, de se livrar da loucura, do caos e da burríce espacatória - David M'bangui
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