terça-feira, 16 de novembro de 2010

CIDADE DO LUENA

A CIDADE DO LUENA

Angola é um país do continente africano, situa-se na região austral e central de África. Está composta por 18 províncias, nomeadamente: Cabinda, Bengo, Benguela, Huíla, Huambo, Zaire, Uige, Kuando Kumbango, Bié, Lunda Sul, Lunda Norte, Moxico, Luanda, Cunene, Kwanza Sul, Kwanza Norte, Malange, Namibe. Luanda é a capital do país.
Eu sou morador da cidade do Luena, a capital da província do Moxico. A cidade do Luena, passou á categoria de cidade no dia 15 de Setembro de 1917, até o presente ano totaliza 93 anos. Este nome deriva do rio que a transborda e que desagua no rio Zambeze e no tempo colonial Luena chamava-se vila Luzo.

Na sua organização administrativa, nela existem alguns bairros periféricos que a compõe, nomeadamente:

a)    Bairro Zorro
b)    Bairro Capango
c)    Bairro Kuenha
d)    Bairro Sangondo
e)    Bairro Alto Luena (Kawango)
f)     Bairro Passa Fome
g)    Bairro Sinai Novo
h)   Bairro Sinal Velho
i)     Bairro aço Novo
j)     Bairro Aço Velho
k)    Bairro Bomba
l)     Bairro 4 de Fevereiro
m)   Bairro Mandembue
n)   Bairro Say-domingas
o)    Bairro Popular
p)    Bairro Sacalunda
q)    Bairro Stª Rosa
r)     Bairro Hospital
s)    Bairro N´Zanji
t)     Bairro Chilanda
u)   Bairro Mãe Preta
v)    Bairro Vila Luso
w)   Bairro Terra-Nova

INSTITUIÇÕES PÚBLICAS PROVINCIAIS:

A cidade do Luena, sendo a sede em representação dos ministérios do governo da República de Angola:
1.    Direcção Provincial da Educação
2.    Direcção Provincial da Saúde
3.    Direcção provincial da Agricultura e pescas
4.    Direcção Provincial do Comércio e Indústria
5.    Ministério da Justiça
6.    Ministério do Interior
7.    Ministério da Comunicação Social
8.    Direcção Provincial do MAPESS
9.    Direcção Provincial da Juventude e Desportos
10. Direcção provincial da Hotelaria e Turismo
11. Direcção Provincial da Promoção da Mulher
12. E mais outras organizações importantes da vida social e religiosa da cidade acima decifrada e não só.

LÍNGUAS FALADAS

Nas línguas predominantes na cidade e na província em geral são:

1)    Grupo étnico Tchokue
2)    Grupo étnico Nganguela: Este último grupo étnico compõe as seguintes línguas:
a.    Luvale
b.    Luchaze
c.    Mbunda
d.    Lunda-Ndembo

A província acima citada é composta por 9 municípios, nomeadamente:
                                                          I.    Moxico (Luena) a capital da mesma
                                                        II.    Kamanongue
                                                       III.    Léua
                                                      IV.    Alto Zambeze
                                                       V.    Lumbala N´guimbo
                                                      VI.    Kagamba
                                                     VII.    Luau
                                                   VIII.    Luemege Kameia
                                                      IX.    Luacano

Politicamente, a cidade do Luena é que trouxe a paz em Angola depois dos 32 anos de conflitos vividos neste magno país; porque o Líder da antiga rebelião morreu praticamente na comuna do Lucusse no dia 22 de Fevereiro do ano de 2002. E podemos realçar, também que esta cidade foi uma das cidades de Angola, cujos vestígios da guerra são consideráveis e também, serviu de , maquis do Dr. António Agostinho Neto fundador da nação Angolana e também a mesma região constituiu a zona onde foi assinado o cessar fogo entre os Portugueses e os combatentes de libertação Angolana, assinaram o acordo de Paz de Lunhameji; praticamente a minha cidade é historicamente rica em Angola.

Culturalmente, a minha cidade possui um grande mosaico cultural em termo de manifestação cultural, por exemplo na etnia Tchokue:

Iniciação Tchokue:

  1. Dança Tchianda,
  2. Artesanato de palhaço e animador mágico:
    1. Kalelua (guardião, poderoso e guerreiro),
    2. Tchiheu (Brincalhão),
    3. Mbongo (Animador Muito Mágico),
    4. Ngondo (Gatuno, provedor de comidas no Mukanda “ casa de circuncisão tradicional” : nesta etnia a circuncisão não se faz no hospital, mas faz-se na mata, bem distante da aldeia, aí se construí o Mukanda, e os jovens que vão para este rito são chamado de “ Thundandji” e o guardião deles é o “ Tchilombola), o Palhaço Ngondo, é que vai na aldeia roubar a comida para trazer no Mukanda. E, Kalelua é o grande guardião do Mukanda.
    5. Tchikuza (Palhaço maligno e mau)
    6. Uteno (mano do Ngondo e katotola, mau, aleija e mata)
    7. Katotola (Companheiro ou guardião dos thundandji)
        
  1. Mukanda

É o conjunto de ritual e iniciação dos jovens Tchokue que vão aprender as tradições e os costumes da etnia Tchokue durante 6 meses, 1 a 2 anos. É uma fase de transição de adolescência para adultos tendo como ênfase a circuncisão do jovem, para assumir o seu casamento com pureza e higiene. Portanto, neste círculo aprende-se, a convivência, a segurança no acto sexual, os provérbios para dar sentença no julgamento, na educação dos outros. O kandandji que faz 1 anos aprende a dança, o respeito com as mulheres, as suas irmãs, os mais velhos e bocado da organização social da aldeia, caça, artesanato. Os dois anos fazem parte de uma iniciação mágica e misteriosa de alguns Thundandji superiores em conhecimento e organização ancestral da aldeia, da família e de toda uma tribo. Esses desenvolvem as práticas e os conhecimentos exotéricos que os thundandji básicos (6 meses) e os de 1 anos não dominam. Logo, os thundandji do grau superior guardam os segredos da natureza e do mundo místico que eles não divulgam e são aprendidos no “ Mungongue”, círculo superior do Mukanda.

Se os jovens vão para o Mukanda as mulheres vão para o Thungo.

  1. Thungo

Neste círculo, as mulheres desvendam a natureza das mulheres, de pois da primeira menstruação. Ficam sobre o cuidado de uma velha experiente, que tem a missão de preparar a adolescente, de como cuidar do seu marido, o acto sexual, a convivência e o respeito dos homens e das mais velhas e mostrando – lhe que não pode brincar com os rapazes que podem lhe engravidar, a higiene corporal e outros serviços familiares. Quando terminar este ritual, passava directamente ao casamento nas antigas gerações, mas hoje as coisas mudaram. Ex, o que eu vi em algumas mulheres que vão para o Thungo conseguem servir a água ao mais velho ajoelhando, símbolo de respeito e não fica no meio dos jovens brincando e também, diz-se sabem mexer o seu marido na cama, pondo-lhes tatuagem na anca e na barriga quando são tocadas as tatuagens dão uma sensação extraordinária na mulher e provocam o bom da sexualidade.


Em suma, é uma cidade em crescimento e os escombros da guerra estão a desaparecer pouco a pouco; esperando a chegada do caminho-de-ferro de Benguela e a grande inauguração do monumento da paz, Luena cidade de paz.






Estas fotografias são do Lago Dilolo: Este lago nasceu de um mito que já compartilhei num dos foruns, este lugar aonde está o lago era uma aldeia.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

LENDA DA ORIGEM DOS TCHOKWÉ

A ORIGEM DOS TCHOKWÉ




                Esta lenda de Angola, pretende esclarecer sobre a origem dos Tchokwé e dos Mataba, conta-nos que, há muitos anos atrás, veio do nordeste, um Soba muito poderoso, e com um exército mais numeroso do que um formigueiro, em conquista das terras de Lunda.

            Para facilitar o avanço no mato muito cerrado, este Soba de nome Muata-Yânvua, mandou dois dos seus melhores guerreiros à frente, com um grupo de escravos cada um, para abrir caminho ao séquito real.

            Quando chegaram à região dos Tchokwé, um desses guerreiros, de nome Fota, continuando fiel a Yânvua, decidiu ficar por ali e esperar o chefe
            Outro dos guerreiros de nome Katende, não quis esperar pelo resto da comitiva, desentendeu-se com Fota, e continuou o avanço para as planícies do Alto Zambeze, lá se estabelecendo em definitivo, se proclamou rei, e fundou a nação Mataba.

            Ao Soba Muata-Yânvua, agradaram as terras escolhidas pelo fiel Fota, e retomando a chefia do seu povo, ali decidiu-se estabelecer-se, fundando a nação Tchokwé.

            É de notar também, que raramente existe uma só lenda, quando o assunto concerne ao aparecimento ou fundação de uma nação; de aldeia para aldeia, as lendas às vezes diferem tanto, que quase não tem pontos em comum.

            As lendas são variadíssimas, sem que para isso se encontre uma razão plausível; à falta de explicação melhor, aceita-se a de mudança pela modificação de geração para geração, de aldeia em aldeia.

            Em cada transmissão de geração, e em cada aldeia, suprimindo um pouco e acrescentando outro tanto, ao final de cinco ou seis gerações, a lenda está mais ou menos do mesmo tamanho, mas diametralmente diferente de um lugar para outro.



N.B. Este trabalho é apenas antecipatório do grande trabalho de pesquisa vai seguir.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

RESGATE DOS VALORES TÉCNICOS-SOCIO-EDUCACIONAIS DA REGIÃO NORD-ESTE DE ANOGLA, CASO DO POVO TCHOKUE DO MOXICO


Plano de Matérias

0. Introdução
0.1. Objecto de estudo
0.2.Delimitação e enunciado do problema
0.3.Hipóteses de trabalho
0.4.Objectivos
0.5.Metodologia
0.6.Referências teóricas
0.7.Cronograma

Introdução

Objecto de estudo

O nosso estudo está embaseado sobre os valores técnicos, sociais e educacionais da região Nordeste de Angola, caso do povo Tchokwé do Moxico. Depois, leitura de várias documentações publicadas no século XX, fomos descobrindo que existiam valores artísticos, vitais e iniciacionais que as novas gerações não têm acesso e nem sabem que existe algo que os seus ancestros tinham adquirido com muito sofrimento de criatividade e racionalismo. A partir dessa visão de homem e da conceipção do homem e ordem social, a educaçao pretendida, no período focalizado é aquela que se volta para o conhecimento sobre a ciência, as artes e as culturas grega e romana. ( Aula 6, Pedagogia, ucb, Pag 63). No entanto, nós vamos tentar apresentar a visão do povo Tchokwé, os valores técnicos ( artes), sociais ( organização das comunidades e o relacionamento entre os povos dessa etnia e os seus vizinhos), educacionais ( iniciação dos jovens Tchokwé); contudo, vamos correlacionar os aspectos citados para que possamos descobrir os valores e o seu resgate. Este, que poderá ajudar as comunidades se conhecer melhor e conservar a sua cultura e os seus valores, no decorrer dos anos. Imaginemos as mesmas produções artísticas já que na nossa região Leste, não aparece e nem se fazem sentir, que antes de nós havia algo bom e bonito e também valioso, caso concreto nos muséus de Belgica, França, Suiça e EUA, estão cheio das peças artistícas Tchokué, e isto tornam mais beneficio aos muséus, cujas pessoas interessadas visitam. 

Delimitação e iniciado do problema

I. A sociedade Tchokue:

I.a. Localização geográfica:

O nosso trabalho consiste no estudo dos valores tecnico-socioeducativos do povo Tchokué. Esta população situa-se hoje na parte da Angola que se chama correctamente de " quatro Nord-Este de Angola", se encontrando ao Sul do mesmo país e também nas regiões do Kasai e do Katanga da RDC e na Zambia onde vivem alguns cunhos, com mais evidência em África do sul e Moçambique alguns povos apresentam linguísticamente as mesmas características do povo Tchokué que se encontra em Angola actualmente. De concreto, a região é situado, sensivelmente, entre o paralelo 7º e 14º de latitude sul e dos meridianos 18º e 24º de longitude Est. Os seus limites são: norte, a fronteira Angola-Rdc, ao Oest e Sul a província de Malange e Bié; ao Est o rio Kasai e as fronteiras Angola-Rdc e Angola-Zambia.

I.b. Elementos da antropometria:

Neste quadro naturalmente que acabamos de estender, vive uma boa parte dos tchokué, dos mesmos que nós partilhamos a vida e convivência como irmão. Os tchokué de ponto de vista físico, pelas mensurações que foram publicadas por vários autores e nomeadamente, Mesquitela Lima, 1956 (1), são bantu de altura média ( inferior à média da humanidade: 164,73. Número calculado sobre uma amostra de 400 sujeitos), com um pequeno perímetro toraxico ( 79,23 - sobre uma amostra de 560 sujeitos), Sobstococefales, euriproposes, eurianos, com largura bigoníaca pouco superior à bisigomática e a largura da orelha de aproximadamente os três quarto de comprimento. O peso médio é de 52, 520 Kgs ( dados calculados sobre uma amostra de 5.000 sujeitos). Depois de todas essas características físicas que os tchokué deste grupo apresentam alguns traços pigmóides, como já foi assinalado por Baumann, 1948 (2). Portanto, os Tchokué apresentam diversõcs antropométricas, nesta etnia aparece um grupo dos tchokue etiopicos, esses são mais altos, que constituiam também esta diversificidade deste povo.

I.c. Elementos Históricos:

Vamos apresentar as idéias evolutivas históricas da fisga à zagaia e da zagaia ao fusil. Quais/ que são os Tchokué que moram no quadro natural que acabamos de explanar? De todas as bibliografias existentes, constatou-se que os Tchokué estão associados ao império Lunda do Muatchiava e abordam desta etnia tchokué de forma superficial.  Que são os Tchokué ? os mesmos se chamam de katchokué (singular) e tutchokué (plural). Yami nguli ( uri) katchokué: ( eu sou Tchokué). E designando o dedo esta direcção dizem são originários do Este, isto confirmam os povos que os rodeiam, será que vieram da Tanzania? A resposta continua, sempre mistériosa. E de onde origina o nome tchokue? O grande número dos informadores e dos autoctônos dão origem ao nome tchokué do nome de um rio que descore no tchiboko, país dos Tchokué. Bastin (3) e Van den Byvang (4). É bom dizer que esta versão sobre a origem dos Tchokué, no novo mapa, o rio tchokué não está mencionado e logo, cria um vazio dificil a tapar. Portanto, a primeira hipótese é bem duvidosa, vamos pegar a segunda hipótese proposta por Carvalho (5), apoiada sobre a legenda ( mito-legenda-explicativa) recolhida na região de Mona quimbundo, da boca do soba Muailunga que deu a origem dos Tchokué e dos Lundas. E também foi confirmada por muitos outros informadores:

« Há muitos séculos atrás tinham sido um povo só. Lundas e tchokwes saíram do mesmo núcleo, a grande diferença é que os Lunda ficam no seu território desde sempre, os tchocwe transformam-se num grupo de extrema mobilidade que a partir do século XVI percorre todo o país. São essencialmente caçadores e comerciantes saindo, por isso, em busca de marfim borracha, etc. Essa extrema mobilidade não lhes permite desenvolver estruturas políticas tão pesadas como era a hierarquia da Mussumba, por isso fazem aquilo que se chama a diáspora Tchokue, inflectem para o sul, dividem os Nganguela ao meio. Angola tem Tchokwe em todo o território. No final do século XIX os Tchokwe regressam ao seu território de origem, tomam, militarmente, o poder dos Lunda e absorveram as suas instituições. As duas realidades Tchokwe no século XIX misturam-se outra vez. A invasão Tchokue é coincidente com a conferência de Berlim, e o traçar das fronteiras em África leva a que do lado de Angola fiquem misturados Lundas e Tchokwes, mas a Mussumba do Matchiamvua que era a sede do poder Lunda fica do lado do Zaire por imperativos da conferência de Berlim.
A lenda da galinha de Deus é de origem Tchokwe, do nordeste de Angola.  ( 6)
Um dia o Sol foi visitar Deus. Deus ofereceu ao Sol uma galinha e disse-lhe: “Regressa de manhã antes de te ires embora”. De manhã a galinha cacarejou e acordou o Sol. Quando o Sol revisitou Deus, ele disse-lhe: “Não comeste a galinha que te dei para o jantar. Podes então ficar com a galinha mas deves regressar aqui todos os dias.” Daí a razão porque o Sol circula a terra e nasce todas as manhãs.

A Lua também foi um dia visitar Deus e também recebeu uma galinha como presente. De manhã a galinha cacarejou e acordou a Lua e Deus voltou a dizer-lhe: “Não comeste a galinha que te dei para o jantar. Podes então ficar com a galinha mas deves regressar aqui em cada vinte e oito dias.” Daí a razão porque a circulação total da Lua dura vinte e oito dias.

Um homem foi visitar Deus recebendo também uma galinha como presente mas o homem estava com fome depois de tão longa caminhada e comeu parte da galinha para o jantar. Na próxima manhã já o Sol estava bem alto quando o homem acordou. Comeu o resto da galinha, visitando Deus em seguida. Deus disse-lhe: “eu não ouvi a galinha cacarejar esta manhã.” O homem com certo receio respondeu: “eu tive fome e comi-a.” “Está bem,” disse Deus, “mas ouve, tu sabes que o Sol e a Lua estiveram aqui e nenhum deles matou a galinha que lhes ofereci.” Essa é a razão que nem o Sol nem a Lua morrerão um dia. Mas tu mataste a tua galinha e assim deves morrer como ela. Porém, à tua morte, deves regressar aqui outra vez.” E assim foi.»

I.3. Hipótese de trabalho

O resgate dos valores técnicos socioeducacionais do povo constitui um ponto de partida na valorização das sociedades primitivas africanas e em particular de Angola. Tendo em conta o peso que este tem na simbologia da arte Angolana e mundial, criação das peças mais carras do mundo, exemplo do "Pensador ou Samanhonga" esta pessa que representa a pedra filosofal do povo Tchokué, nele nasce toda a criatividade do povo Tchokué. Além disso, fomos descobrir que  este povo sabia escrever antes da chegada do colonizador, a famosa escrita Tchokué denominada de "lusona"(7). E Teve um passado que justifique a sua existência na terra, como seres pensantes e que contribuiu no desenvolvimento artístico mundial. Percebeu-se que este povo tinha a cultura de inicião separada das mulheres e também dos homens, o " Tungo" para mulheres e " Mukanda" para homens. A primeira instituição preparava a mulher quando lhe aparecia a primeira menstruação, assim sendo, dando-lhe noções suficiente para vida marital e boa convivência na sociedade e o último, tinha uma graduação entre o tempo e o espaço, para dizer que os homens iam à circuncição com uma idade adolescente, com objectivo de circuncidar os jovens e depois prepara-lo para à VIDA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL EM GERAL E SABER CUIDAR DA SUA FAMÍLIA, esta ultima instituição vai se dividir em três partes, o mukanda básico, médio e superior. Este último, tinha um aspecto diferente sobre natural, a transmissão dos poderes da natureza e não são todos os homens que passaram pelo MUNGONGUE o superior do mukanda natural.

0.4.Objectivos

Neste trabalho de pesquisa desejamos, resgatar os valores técnicos socioeducativos da região noreste de Angola. Apresentar as produções artísticas, sociais e educativas do povo Tchokué.

0.5.Metodologia

A ciência sendo algo mais hipotética, fomos pensado em abordar este trabalho, utilizando os caminhos mais acessiveis e que nós tenhamos capacidade de manimupular. A via que nós acompanhamos é de uma pesquisa documentária, recolha das lendas e mitos sobre este povo, entrevistando os mais velhos que passaram pela iniciação Tchokué, nas vesperas da independência de Angola.

0.6.Referências teóricas

1.   Lima, Mesquitela, « Tatuagem da Lunda», Luanda, 1956, Pp.22 - 25
2.   Baumann e col, « les peuples et les civilizations africaines, Paris, Payot, 1948
3.   Bastin,« art decoratif tshokwé», Lisboa, Diamang, 1661, P. 30
4.   Van den Byvang, « Notice historique sur les balundas», in Congo, Juillet 1937
5. Carvalho, « Etnografia e história tradicional dos povos Lunda» Impressa nacional, Lisboa, 1890, Cap.I, P.90
6.  Blogger, Prof. Kiber Sitherc
7.  Gerdes, Paulus ( 1989d) Rekonstruktion und Analyse von mathematischen, Elementen in der Tchokwe Sandzeichung - Tradition. In: Gerdes, Paulus Ethnomathematische Studien, Maputo - Leipzig, pp. 120 - 189

0.7.Cronograma

Este trabalho teve uma duração de um mês, e cada fase desenvolida teve tempo desproporcional, tendo em conta as dificuldades de encontrar os livros que poderiam nos facilitar na elaboração do nosso trabalho, que apenas é uma introdução do nosso trabalho de pesquisa que terá completado ao longo do nosso percurso académico.